Bom amigos, hoje precisei escrever um pequeno texto explicando o porquê de ter criado o blog, e a única coisa que consegui pensar foi: "criei porque eu preciso de um lugar onde possa respirar e ser eu". Pois bem, acabo de passar pelo 3ª ou 4ª crise de pânico dos últimos 15 dias, e explico.
Há tempos, não tenho tido tempo para respirar. A vida entrou num looping louco, onde o espaço que eu tinha destinava a questionar o porque estar seguindo daquela maneira.
Se por um lado, eu era/sou muito grata por todas as oportunidades que me aparecem, por outro, tenho medo de parecer mal agradecida, esnobe e até burra por deixar algo passar.
Pois é, estou deixando passar...
"Tamboo, tu és doida?", "Tamboo, nessa crise, não tá fácil, viu?", "Mulher...".
Há dois anos larguei tudo aqui em Caruaru, e me mandei de mala e cuia para Recife. Em menos de um ano, larguei tudo lá e voltei pra cá. Não devíamos nem ter ido, e a bem da verdade, tivemos MUITA sorte de conseguir seguir exatamente de onde paramos por aqui. Até melhor, se pararmos pra pensar. Eu nunca havia tido um emprego, estagiei três vezes, e segui minha vida de designer/produtora/stylist/estilista de freela em freela, de galho em galho. E isso cansa. Quando tive a oportunidade de ter um emprego, onde você recebe o salário certinho, todo mês, sem nenhum dia de atraso, aconteceu o que mais eu temia: eu me acomodei. Senti que fui perdendo a cor com o passar do tempo, e embora essa experiência tenha me dado enormes oportunidades de crescimento em todas as vertentes, chegou a hora que tudo pareceu pequeno e sem graça. E sem tesão! E "sem paixão não dá pra chupar nem um picolé".
Desgraçada essa geração Y. Queremos trabalhar com o que gostamos. Queremos ganhar MUITO bem por isso. Queremos ser reconhecidos e receber elogios. E queremos trabalhar de pantufas. É difícil ser um profissional hedonista. Parece na verdade, ser um grande pecado, optar por trabalhar com o que lhe dá prazer, parece ser menos válido.
Bom essa sou eu, mais uma vez, seguindo adiante. Largando a segurança de uma gaiola com alpiste à vontade, para voar. A velha dicotomia em torno de seguir o seu sonho.
A sensação é de que estou dando muitos passos maiores que as minhas pernas, que não vou dar conta, é medo. Em contrapartida, é uma vontade louca de correr atrás, de REALIZAR, e ainda, a força das MUITAS pessoas que estão me dando apoio, amor e suporte. Meu Deus, quanta gente!
Tenho muitas novidades por vir, mas por hora não posso dizer muita coisa. Se vai dar certo, só o tempo vai dizer.
Agora, tô aqui tomando minha garapa pra acalmar e respirando, no espaço que criei pra ser meu.
Que eu seja bem-vinda de volta.
Beijo!
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